A Falta de Acessibilidade nas Instituições de Saúde

acessibilidadeVou dar um parênteses na série de ambientação que estava escrevendo para comentar esta triste, porém verdadeira realidade que acontece não só nos serviços públicos, mas também em muitos estabelecimentos particulares. A falta de Acessibilidade nas Instituições de Saúde. (Acabei de escrever um capítulo, para um livro ainda não publicado, que tratará desse assunto.)

Vivemos num país, segundo o último Censo do IBGE de 2010 (dados disponibilizados na Secretaria dos Direitos das pessoas com Deficiência do Estado de São Paulo – acesso 20/08/2013) com 190.755.799 habitantes, destes, temos 45.623.910 pessoas com algum tipo de deficiência. Considerando que para cada pessoa com deficiência, há pelo menos um acompanhante ou familiar envolvido, temos quase a metade da população afetada e prejudicada pela falta de acessibilidade, sem contarmos as pessoas que estão com alguma deficiência temporária!

A acessibilidade é a capacidade do ambiente construído oferecer: segurança, conforto e autonomia. Se focarmos unicamente no item segurança dentro de um hospital, é primordial que os gestores hospitalares o tenham como prioridade, evitando assim eventos adversos como quedas e outros inconvenientes, tanto para o paciente como para os colaboradores.

É importante deixar claro, que a falta de acessibilidade não se resuma apenas as barreiras físicas estruturais do edifício hospitalar, mas também tem que ser observado, nas barreiras atitudinais, onde os gestores podem e devem oferecer a seus colaboradores treinamentos contínuos e desenhar processos bem estabelecidos de como lidar com os diversos tipos de deficiências, tanto para atender bem seus clientes, como para a inclusão dos colaboradores com deficiência.

Em relação a estrutura física, temos Leis e Normas que asseguram os direitos das pessoas com deficiência, e segundo o Decreto Federal 5.296 de 2004, desde 3/12/2008 todas as edificações de uso público e uso coletivo, deveriam estar acessíveis!

Se pensarmos num hospital, onde há um grande número de pessoas que estão temporariamente com alguma deficiência, como no transporte de um paciente com a cadeira de rodas ou maca, pessoas que estão passando por algum tratamento e que tenham a audição, visão ou equilíbrio prejudicado, a necessidade da implantação da Acessibilidade é fundamental!

Recomendo também a leitura desse artigo: “Com 2,8 mi de deficientes, SP tem 62% das unidades de saúde sem acessibilidade”

AnaFlorioAna Maria Florio

Graduada em Arquitetura e Urbanismo, Pós-Graduada em Hotelaria Hospitalar e Pós-graduada em Gestão de Qualidade em Saúde pelo IEP/HIAE.

Desde 2008 ministra aulas, profere palestras e presta consultoria a várias instituições, com destaque para temas ligados à Hotelaria Hospitalar e Qualidade para equipes operacionais. Na área de Arquitetura, vem concentrando seu trabalho em projetos de acessibilidade.

É sócia da arquiteta Carolina Fomin na AGAH Consultoria, que tem como foco: Acessibilidade, Gestão de Atendimento, Ambientação e Humanização.

Clique aqui e confira as publicações de Ana Maria Florio para Hoteleria Hospitalar.com

 

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